Eli
Bacelar nasceu em Manaus, Amazonas, Brasil, em 21 de novembro de 1960, artista
plástico expõe desde os 15 anos de idade. Filho de dona Adélia Dantas Bacelar
da Silva aposentada, moradores do bairro Parque Dez de Novembro, na cidade de Manaus.
“Ainda criança em meio à bagunça do atelier,
Hahnemann observara alguns de meus rabiscos e certa vez disse que eu “seguiria
na mesma besteira”. Hoje compreendo porque disse tal frase, o país era tomado
pela Ditadura, oprimindo seus artistas e impedindo-os de realizarem seus
projetos.
Eli Bacelar na escola 10 anos
Fonte:
Acervo do artista
Com
colecionadores cativos, Eli Bacelar tem levado sua arte bem amazônica para
importantes mostras nacionais e internacionais, seja como convidado ou
selecionado entre outros tantos.
Em 1998 participou da
Bienal Naif, obtendo Menção Honrosa pelo conjunto de obras, em 2003 na mesma
Bienal promovida pelo SESC de Piracicaba/SP.
O
meu trabalho, em estilo neoprimitivista contemporâneo – naif, é um registro de
acontecimentos do cotidiano brasileiro, fonte de temas que enfocam nesta mostra
individual as festas de forró”.
Os irmãos
Hahnemann
e Eli Bacelar participaram de uma exposição inimaginável que ocorreu há alguns
anos por inspiração de Robério Braga, une as obras dos artistas, que possuem
pontos comuns, como a abordagem temática da cena social popular amazonense; a
construção cromática, sob a luz equatorial, o erotismo e outras extravagâncias
saudáveis dos personagens.
A série “Forró Urbano” de Eli Bacelar, marca pela musicalidade e gestualidade dançante das domingueiras. Peixe frito, farinha d’água e outras variações nacionais na culinária local. Os conjuntos regionais com violão, sanfona moderna e sax e as meninas – talismã do Riacho Doce.
E Hahnemann apresenta a coleção de desenhos, gravuras, esboços em papel que resultaram em obras referenciais como “Cafuné”, seu trabalho mais emblemático.
A
arte que exalta a virilidade do caboclo e a força da mulher na superação das
impossibilidades sociais. A sensualidade e o desejo na festa da vida.
Dois
irmãos e seus destinos diferentes, para Dona Adélia, Eli está no caminho certo,
trabalha e mora com ela na mesma casa, onde tem seu lugar próprio de criação e
poderá ficar para o resto da vida.
Os
irmãos, dois tempos no mesmo espaço. Os anos de chumbo e aflição de Hahnemann, sua curta e brilhante existência e o momento da retomada de todas as aberturas
possíveis para Eli.
Sérgio Cardoso
Diretor do Departamento de Difusão Cultural
Curador
Arquivo Hahnemann Bacelar
Eli Bacelar Fonte: Pré-bienal SEC/AM 2012
Eli Bacelar 2015
Fonte: https://www.facebook.com/profile.php?id=100005355915718&fref=ts
A arte de Eli Bacelar
não está estagnada em uma só linguagem, mas evolui, se transforma, busca meios
de inovação, na busca do olhar incessante, da lente que fotografa as belezas e
as cores de um lugar tão rico e peculiar como é o ambiente em que vive.
Nota-se que no decorrer das décadas
de sua notória e premiada pintura o chapado passa ao texturizado, enriquecido
de pigmentos, há momentos onde se explora festas com seus instrumentos,
musicalidade e dança, outros que se cultiva plantas e folhas, os barcos e a
pesca, os insetos e a mata, o homem trabalhador sem deixar as puras cores
magníficas que se destaca entre as características da pintura Naif.
Quanto à arte Naif
percebe-se que existe algo além, uma necessidade que não se prende, vontade de
pintar, de colocar para fora o que se vê, o que se sente, o que é vivido em seu
meio, em sua cultura, em seu mundo, mesmo que de seu jeito, de sua forma,
com ferramentas encontradas ao seu
alcance, sem visitar uma Academia, sem aprender de mestres, sem embasamento ou
fundamentações teóricas, sem tradicionalismo ou seguindo regras, nada cativo ao
que já fora feito antes, mas o que vem do coração, da vontade das mãos unidas
com o pincel.
ATELIÊ DE ELI
ATELIÊ DE ELI
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