segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Biografia


Eli Bacelar nasceu em Manaus, Amazonas, Brasil, em 21 de novembro de 1960, artista plástico expõe desde os 15 anos de idade. Filho de dona Adélia Dantas Bacelar da Silva aposentada, moradores do bairro Parque Dez de Novembro, na cidade de Manaus.

“Ainda criança em meio à bagunça do atelier, Hahnemann observara alguns de meus rabiscos e certa vez disse que eu “seguiria na mesma besteira”. Hoje compreendo porque disse tal frase, o país era tomado pela Ditadura, oprimindo seus artistas e impedindo-os de realizarem seus projetos.


Eli Bacelar na escola 10 anos
Fonte: Acervo do artista

Com colecionadores cativos, Eli Bacelar tem levado sua arte bem amazônica para importantes mostras nacionais e internacionais, seja como convidado ou selecionado entre outros tantos.
Em 1998 participou da Bienal Naif, obtendo Menção Honrosa pelo conjunto de obras, em 2003 na mesma Bienal promovida pelo SESC de Piracicaba/SP.


O meu trabalho, em estilo neoprimitivista contemporâneo – naif, é um registro de acontecimentos do cotidiano brasileiro, fonte de temas que enfocam nesta mostra individual as festas de forró”.

Os irmãos
Hahnemann e Eli Bacelar participaram de uma exposição inimaginável que ocorreu há alguns anos por inspiração de Robério Braga, une as obras dos artistas, que possuem pontos comuns, como a abordagem temática da cena social popular amazonense; a construção cromática, sob a luz equatorial, o erotismo e outras extravagâncias saudáveis dos personagens.



A série “Forró Urbano” de Eli Bacelar, marca pela musicalidade e gestualidade dançante das domingueiras. Peixe frito, farinha d’água e outras variações nacionais na culinária local. Os conjuntos regionais com violão, sanfona moderna e sax e as meninas – talismã do Riacho Doce.
























E Hahnemann apresenta a coleção de desenhos, gravuras, esboços em papel que resultaram em obras referenciais como “Cafuné”, seu trabalho mais emblemático.



A arte que exalta a virilidade do caboclo e a força da mulher na superação das impossibilidades sociais. A sensualidade e o desejo na festa da vida.
Dois irmãos e seus destinos diferentes, para Dona Adélia, Eli está no caminho certo, trabalha e mora com ela na mesma casa, onde tem seu lugar próprio de criação e poderá ficar para o resto da vida.
Os irmãos, dois tempos no mesmo espaço. Os anos de chumbo e aflição de Hahnemann, sua curta e brilhante existência e o momento da retomada de todas as aberturas possíveis para Eli. 



Sérgio Cardoso 
Diretor do Departamento de Difusão Cultural 
Curador







Arquivo Hahnemann Bacelar





Fotos Eli Bacelar






















Eli Bacelar Fonte: Pré-bienal SEC/AM 2012 

 Eli Bacelar 2015
 Fonte: https://www.facebook.com/profile.php?id=100005355915718&fref=ts



A arte de Eli Bacelar não está estagnada em uma só linguagem, mas evolui, se transforma, busca meios de inovação, na busca do olhar incessante, da lente que fotografa as belezas e as cores de um lugar tão rico e peculiar como é o ambiente em que vive. 

          Nota-se que no decorrer das décadas de sua notória e premiada pintura o chapado passa ao texturizado, enriquecido de pigmentos, há momentos onde se explora festas com seus instrumentos, musicalidade e dança, outros que se cultiva plantas e folhas, os barcos e a pesca, os insetos e a mata, o homem trabalhador sem deixar as puras cores magníficas que se destaca entre as características da pintura Naif.
Quanto à arte Naif percebe-se que existe algo além, uma necessidade que não se prende, vontade de pintar, de colocar para fora o que se vê, o que se sente, o que é vivido em seu meio, em sua cultura, em seu mundo, mesmo que de seu jeito, de sua forma, com  ferramentas encontradas ao seu alcance, sem visitar uma Academia, sem aprender de mestres, sem embasamento ou fundamentações teóricas, sem tradicionalismo ou seguindo regras, nada cativo ao que já fora feito antes, mas o que vem do coração, da vontade das mãos unidas com o pincel.

ATELIÊ DE ELI






















































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